O LMM/AQI/CCA

Há pouco mais de duas décadas que a UFSC, através do LMM, e a Epagri desenvolveram, conjuntamente com os pescadores artesanais, uma forma alternativa não extrativista de sobrevivência: o cultivo de moluscos marinhos. Foram programas e iniciativas que fizeram de Santa Catarina o maior produtor nacional de moluscos bivalves marinhos, gerando emprego, renda e resultados sociais percebidos na melhoria da qualidade de vida e na fixação de comunidades tradicionais nas regiões litorâneas, atuando como um importante mecanismo de contenção e reversão de fluxos migratórios.

A capacidade de integração entre as instituições públicas, geradoras de conhecimento e tecnologia, com o setor privado, que apropria-se legitimamente destes, é que permite a efetivação de uma tecnologia inovadora com sucesso e o seu aproveitamento pela sociedade.

Assim, graças a essa parceria tem-se hoje a possibilidade de produzir regularmente sementes de ostras japonesas, ofertadas em safra de produção de dezembro a julho ou em qualquer outro período do ano, sob demanda específica de produtores.

Estamos também produzindo, sob demanda específica de produtores, larvas olhadas de mexilhão Perna perna e sementes de ostras nativas de mangue. Nesse último caso, a parceria com os produtores de vários locais do Brasil permitem que eles nos enviem suas matrizes para que sejam produzidas e devolvidas sementes específicas das mesmas. Mais recentemente, obtivemos grande desenvolvimento na produção de vieiras, equivalentes aos melhores resultados a nível mundial e que já estão em produção em Santa Catarina, com grandes perspectivas de produção contínua e crescente.

Sempre atuando na vanguarda da tecnologia de produção, estamos incluindo a partir de 2006, duas novas espécies nativas, o asa de anjo e a ptéria, moluscos que podem ser utilizados para alimentação, ornamentação e, no último caso, para produção de pérolas.

Semeando o mar com pesquisas e desenvolvimento tecnológico pautados pela inovação e oferta de novos produtos, o LMM tem sempre gerado novas alternativas de produção e renda para nossos produtores, na importante missão da Universidade de integrar a pesquisa científica ao setor produtivo através do desenvolvimento e repasse tecnológico.